Olá pessoal, essa tarde
estava lendo um artigo sobre tratamento multidisciplinar na obesidade e achei
uns trechos muito interessantes, por isso resolvi partilha-los com vocês.
O primeiro fala a respeito do desejo por doces
em momentos de ansiedade
O consumo de carboidratos
está associado a tensões, ansiedade, fadiga mental e depressão. Alguns autores
postulam que, ao longo do processo evolutivo, o cérebro foi programado a
procurar substâncias de sabor doce, como fonte de nutrientes e energia.
Tal comportamento parece ocorrer devido ao fato de que receptores do sabor doce
estimulam a liberação de endorfinas, considerada o "ópio" corporal. Isto pode explicar porque, em períodos de
tensão e ansiedade, muitas pessoas procuram alimentos doces.
Interessante, não é
mesmo?! Então vejam, aquela vontade de comer doce principalmente no final da
tarde tem uma razão. Você quer aumentar o seu prazer e o doce faz isso com
você!
Mas o que fazer?
Não se descabele, pois
existem alternativas. A primeira é
regular seu corpo. Com a alimentação adequada, intestino regulado e células nutridas,
e estresse equilibrado, os seus receptores de doce não ficarão tão ativos e sua
vontade pelos docinhos irá diminuir.
Além disso, se a vontade de doce continuar, opte por fontes mais saudáveis, como a: banana com canela e cacau, ou frutas secas, castanhas e sementes de girassol e de abóbora, ou até 2 quadradinhos de chocolate (2 quadradinhos podem, o que não vale é uma barra inteira!)
O segundo ponto fala a respeito da relação Nutri/Paciente e do trabalho em equipe dos 2 e da importância da autoestima do paciente.
Em relação aos aspectos
emocionais em geral, o sucesso do tratamento de reeducação alimentar deve ser
calcado na elevação da autoestima, estímulo à força de vontade e à motivação do
paciente, a fim de que este mantenha uma boa relação consigo mesmo, aumentando
assim a confiança, compreensão e paciência para alcançar suas metas.
Esse ponto é considerado fundamental, tendo em vista que o simples fato de
iniciar um tratamento para emagrecer pode aumentar a ansiedade do paciente e
desestabilizar as questões relacionadas à ingestão alimentar.
Portanto se sentir bem consigo mesmo é
fundamental!
Bom por hoje é só
pessoal! Adorei escrever este post! Muito esclarecedor!
beijinhos
Referência:
[1] Ades L; Kerbauy RR. Obesidade: realidades e indagações. Psicol. USP, São Paulo, 2002; 13(1);23-31.
[2] Porto MCV, Brito IC, Calfa ADF, Villela NG, Fonseca MH, et al. Obesidade: Tratamento. Ars Cvrandi, 1999;32(8):31.
[3] De Souza, CAM. O papel da mudança comportamental no tratamento da Obesidade. Monografia: Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação. Universidade do Porto. Portugal, 2010.
[4] Bernardi F, Cichelero C, Vitolo MR. Comportamento de restrição alimentar e obesidade. Rev. Nutr., 2005; 18(1):85-93.
[5] Anderson DA, Wadden TA. Tratando o paciente obeso. Sugestões para a prática de atendimento primário. JAMABrasil, 2000; 4(5):3172-3188.
[6] Souza JMB, De Castro MM, Maia EMC, Ribeiro AN, et al. Obesidade e tratamento: desafio comportamental e social. Rev. bras.ter. cogn. 2005; 1(1): 59-67.
[7] Heller DCL, Kerbauy RR. Redução de peso: identificação de variáveis e elaboração de procedimentos com uma população de baixa renda e escolaridade. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 2000; 2(1):31-52.